A Vara Criminal de Matinhos, no litoral do estado, determinou nesta quinta-feira, 17 de março, o afastamento de um delegado e de um assistente administrativo da Delegacia de Matinhos de suas funções públicas. Eles foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Curitiba por tortura, após terem retardado intencionalmente o socorro a presos que estavam feridos na delegacia.

O caso, ocorrido no final de agosto de 2015, teve grande repercussão na cidade. Quatro detentos atearam fogo em colchões na delegacia de Matinhos, em uma tentativa de transferência para outro local. O fogo tomou conta da cela, e o delegado teria retardado intencionalmente o socorro, recusando-se em abrir a cela em chamas onde os detentos estavam, como forma de castiga-los por terem ateado fogo no local. Além disso, ressalta o Gaeco, o delegado teria agido com violência física contra os presos, mesmo após as lesões. Os detentos chegaram a ser internados com ferimentos graves.

A denúncia oferecida pelo Gaeco contra o delegado e o assistente foi recebida nesta quinta-feira pela Justiça, que determinou o afastamento dos dois de suas funções públicas. A determinação foi cumprida nesta sexta-feira (18).

Assessoria de Comunicação – Ministério Público do Paraná

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